Ilusão de ótica
28/08/2011
Toda vez que você chegava perto de mim
Era um arrebol na minha frente
O vermelho de todos os crepúsculos
De todas as alvoradas
Nada se mantinha de pé no meu campo visual
De olhos obliterados
Eu me atirava
Como quem pula de uma janela, vendada
Como quem se joga de um trampolim
Numa piscina funda e dourada
Toda vez que você chegava perto de mim
Eu me sentia aberta
Como uma orquídea lilás
Como uma planta carnívora
Que espera, doce e molhada
Pela sua presa
Tudo se tornava quente à nossa volta
Derretíamos icebergs distantes
Provocávamos avalanches
As neves de todos os picos, melavam
Aguavam de tanto calor
Toda vez que você chegava perto de mim
Era a música de deus
Que me acordava
Trazendo-me de volta à vida
Preenchendo os meus silêncios com beleza
Os vizinhos acordavam com o nosso som
Acordávamos os dias, como os passarinhos
Chorávamos de rir
Mil faltas, mil excessos
E a nossa sensação de raridade
Por isso, naqueles dias
Depois que você saiu
Jurei que você voltava
Jurei que você voltava
A vida é esse vale das desilusões,não é Déa?
Beijo grande
0.2
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Que bonito…
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lindo!
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PT, seu comentario foi parar no spam, eu hein. só vi agora. txs, hunny 🙂
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carlucho, lembrei de uma oração de terror, como tantas da santa igreja católica, que fala: “A vós brandamos / os degregados filhos de Eva. / A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas…” muito bom pra ensinar pras crianças, e pra rezar antes de dormir pra garantir pesadelo
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Você tem toda razão.Bjs 0.2
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