la luna
16/06/2011
o dia era da lua. eu sou canceriana, né? lunar, lunática. fui pedalar e ver o eclipse da lua. vi a lua branca, cheia perfeita, redonda, desaparecer às mordidas, enqto eu pedalava do leblon ao arpoador, ida e volta, ida e volta. o eclipse enegrecendo tudo, até que se cumpriu, cobriu, descobriu. o arpoador rugia. faz frio nesta cidade.
depois, noite alta, fui pra lapa, pra rua. A lua, a noite toda, novamente em plenilunio. até beijei uma boca, rapaz novo. pecado, pensei, tadinho, pensei, me fui. no caminho de volta pra casa, a danada da lua me olhava, pela janela do taxi, da lapa ao leblon. chegando em casa, quase de manhã, a lua ainda molhava a minha cama pela janela aberta, na hora de fechar a cortina.
amanheceu, fechei o blackout . ela está encoberta pela manhã. eu, também. nós, as selenitas.