um post de peso
25/10/2011
Qdo minha mãe me levou, pela primeira vez, ao médico de regime, eu tinha uns 13 anos. Ele disse: “tadinha, está horrível!” Ela disse: “A família do meu marido é de gordos…” Ele disse: “É… a culpa é sempre do marido…” Fui a mil médicos desde então.
Uma maldição genética. Guardei, a vida toda, temor e ódio profundo dessa herança. Eu só comecei a ser gorda, mesmo, a partir dos 9 anos, quando comecei minha primeira dieta. Aos 3, qdo eu tinha apenas bochechas de bebê, meu tio – gordo – me apelidou de Gorda. Era um jeito de ser carinhoso. Gorda. Se fosse hoje, seria bullying. Ser gorda me aterrorizou a vida toda, aquele shape familiar me assombrou e, enfim, meu pesadelo se realizou!
Engordei muito, cada vez mais, emagreci muito. Inúmeras vezes, sempre achando que era a última vez. Me exibi, me escondi. Desisti da dança: gorda não dança. Vivi a maior parte da minha vida envergonhada de mim, andando na beirinha do mundo, mudando de calçada, tentando me recolher à minha insignificância de casta inferior, de gorda-sem-vergonha. Silenciei. Sonhei. Fracassei. Não é nada fácil ser uma garota gorda no Rio de Janeiro, cidade onde é obrigatório ser gostosa e passar a vida de biquíni, de vestido de alcinha e de shortinho. Passei dez anos de roupa preta e pele branca, uma saída honrosa do imperialismo tropical carioca. Sofri bullying de mim mesma, odiei meu corpo a vida toda. Sempre tive minha deficiência apontada pelos olhares e comentários da família, dos amigos, e até pelo porteiro desconhecido: “Tem uma moça forte aqui na portaria”.
Fui agredida como A gorda, na rua, muitas vezes. Houve pessoas q pararam seus carros, abriram os vidros, desaceleraram, só pra me sacanear qdo eu estava pedalando ou caminhando ou até correndo na praia: “Vai, baleeeia, tu tem é que correr até a África” ou “Vai arriar o pneu da bicicleeetaaaaa, sua escroooota!” Nunca contei pra ninguém porque, de certa forma, achei que era o que eu merecia ouvir. Tomava aquele tiro frio e chorava na bicicleta, mas continuava. Sempre que emagreci, pessoas que nem falavam comigo me enxergaram, outras quiseram até me namorar. Eu sempre achei que eles estavam certos. Tento entender todos os lados, meus e deles. Todos os pesos e medidas. Coisa de gordo isso de ser compreensivo demais.
Se houvesse um milagre, me candidataria, mas não acredito em milagres. Nem naqueles que eu mesma operei, pq dentro de mim, existe alguma coisa que jamais mudou e que, a essa altura, acho que jamais mudará. Antes, nem queria emagrecer, para não passar pela infelicidade certa de engordar. Hoje, sem forças pra mudar tudo de novo, vejo aquele velho pesadelo tomar o lugar do meu sonho, no espelho. Na minha idade, será que não está na hora de começar a me aceitar?
Pra conseguir sobreviver, armei uma carapaça de poder e coragem e subi no palco. Perdi alguns trabalhos por ser gorda e compreendi, pq sempre carreguei a sensação de ser “nigger of the world”, e me recolhi, com a submissão dos que se compreendem inferiores. Semi-invisível, desfeminilizada pelo mundo, aprendi a ser uma gorda legal, de personalidade. A confidente do amigo gatinho que tava a fim da amiga gatinha. A boa cia, bom papo, bom copo, um tipo de mulher-cão, melhor amiga do homem. Mas nunca a convidada para o reservado do restaurante japonês. Fui infeliz no amor a vida toda. Minha sensação de inferioridade pautou a minha vida afetiva.
Sofri, mas inventei um lugar pra existir. Fiz de tudo pra mudar, mudei por alguns períodos em que quase acreditei na transformação definitiva, mas sempre sucumbi e, dentro de mim, alguma coisa sempre me impulsionou de volta à velha forma. Nunca foi confortável ser eu mesma, mas sobrevivi, mesmo deficiente. Meu handicap foi ser inteligente, multitalentosa. E como todas as pessoas sobre a terra, mesmo as marcadas, tenho meus momentos de distração e felicidade.
Leio as pessoas falando do sobrepeso, do outrora amado Ronaldinho, com nojo, com desprezo, com sarcasmo. As pessoas têm horror a gente gorda, mulher gorda, então… piadas, livros, humor negro. Também tenho preconceito contra gordo, é óbvio, depois de tanta discriminação, rejeição e infelicidade. Mas estou aqui escrevendo sobre isso, tornando pública essa intimidade, pq de repente senti essa necessidade. Pq sei que tem um monte de gente que passa por isso e pq todas as outras pessoas não têm a menor idéia do que é passar por isso. Nesta sociedade, não acredito que seja possível ser gorda e feliz. É proibido estar acima do peso. A gente sublima, desiste, disfarça mas, no fundo, não abandona o sonho do milagre da metamorfose, de se misturar na multidão, de vestido de alcinha que, aliás, nunca usei.
Cansei de me desprezar, de me odiar, de me desculpar, de me esquivar, de me esconder, de sofrer por não ser quem eu não consigo ser. Por mais que todos os olhares, revistas, jornais e sites me mandem ser, desde que me entendo por gente. Cansei de viver tentando me entender e me explicar. Mais de 10 anos de terapias. E a vida toda de buscas, de tentativas silenciosas e disciplinadas de reprogramação, de rezas, esperanças e promessas, de projeção astral, de auto-sugestão, de hipnose, de deprê, de mudanças, dietas, bolinhas, drogas e radicalismos. Tudo.
Vivo tentando encontrar a cura para o meu defeito – ou seria pecado? – original. 30 anos lutando contra mim mesma. Rejeitada por mim mesma e pelo mundo, durante 30 anos, sem conseguir me modificar nem um milímetro. Até a astróloga fala: “com esse mapa, vc sempre vai ser farta”. Dureza.
Isso já doeu de arrancar pedaço. Agora dói um pouco menos. Sei que a recaída de um gordo é a maior entre os grandes viciados em drogas: 90% emagrecem e, depois de um tempo, reengordam. A vida tb comprova: quantos gordos, que vc conhece, emagreceram e nunca mais engordaram? Dos meus, nenhum, nem os que operaram o estômago. Então pq o mundo não pode simplesmente admitir que há gordos e magros e pretos e brancos e altos e baixos e gays e heteros. Todo iguais nas suas diferenças.
Antes que eu me condene à infelicidade da exclusão perpétua, de me recolher à vergonha do fracasso, e escolher viver à sombra permanente, me escorando nos cantos onde me sinto invisível, ou num personagem visível demais, hors concours, eu queria só conseguir me aceitar, relaxar, pra viver em paz. E queria falar sobre isso, pq esse tem sido um segredo insuportável de guardar. Sou a evidência física da sua existência. Olhando em volta, depois de tudo o que já vi, buscando algum conforto na inevitável maturidade, tenho certeza de que a vida é muito maior do que um número na balança ou numa etiqueta do guarda roupas. Talvez falando isso em voz alta, assumindo isso publicamente, eu consiga acreditar e me libertar para, enfim, ter paz.
Autoestima, voz, vida, talento, fazer meu trabalho, fazer sexo, amar e ser amada, correr, pedalar gorda ou magra, ir à praia de biquíni, pular carnaval, ser mulher. Quero o meu direito de ir e vir.
Bravo.
Eu poderia tão somente com essa palavrinha, escrita acima,encerrar esse comentário,mas não o farei.
Nos conhecemos há tanto tempo e só há muito pouco tempo é que você me contou sobre isso.Sobre esse racismo calhorda que nos move e que na nossa terrinha é cinicamente denegado.
Acho sua fala corajosa e reconheço aqui alguém que já fez travessias profícuas na vida.Não vou concordar é com certas previsões míticas baseadas em epigenéticas somente.Esclareço: revire o astro que todos temos enquanto condenação.Mas,é bem difícil,às vezes, quase impossível.
Todavia,acho você de uma leveza impressionante hojendia …..
Quando fiquei careca Déa,tinha só 26 anos…Foi uma merda igualmente.Felizmente ,há gosto pra tudo.E você é uma pessoa rara e para poucos.Ainda bem!Xô com a vulgata!!
Beijos de admiração.,0.2
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Dea, vc ja viu Hairspray? Eu assisti pela primeira vez nesta semana e lendo seu post, me lembrei do filme. Se vc nao viu, assista! E se ja viu, assista de novo. Porque o importante é cabeça boa. No fim, ninguem vai ser “tão, tão” assim. E quem disse q eu ja não sofri por ser magra demais? Conviver e aceitar os defeitos é phoda mesmo. Te adoro.
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thais, nao vi, nao, acho que pelo mesmo motivo 😉 rs mas vou ver
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carlucho, querido, suas palavras sempre me confortam, vc é meu interlocutor mais atento, mais antigo. quem sabe ser careca ajudou? rs suas palavras têm uma importância muito especial pra mim. E concordo com vc, o negócio é ir pisando nos astros, distraída, até conseguir revirá-los, o qto for possível, já que neste caso, pouco é sempre muito. txs, hunny, pelo seu carinho
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Lindíssima,
Tá mesmo na hora de se aceitar e se curtir. E parar de sempre aceitar e entender o ponto de vista alheio. Beleza é questão de gosto. Tem muito gordo tesão nesse mundo. pronto falei. Mil vezes ser gordo feliz e sexy e criativo e inteligente do que ser magrela idiota e sem sal. E bullying é uma desgraça imperdoável, porrada neles.
XXX
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quando te conheci, te achei super sexy. Tudo que eu- magra- nunca consegui ser e sempre sonhei. Pra mim, em casa, bom era ser “bem fornida”, como dizia meu pai. E ele entendia um bocado de mulher. Assim como vc: peitão, bundão, um colo acolhedor pra amores e pra filhos. Gosado isso, né? Nunca te vi como gorda.
Não sei se isso te ajuda, afinal não sou homem nem mesmo sapata, mas vc é muito gostosa. Pensa nisso.
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Dedéia,
Não vou dizer que eu não desconfiava desse suplício, afinal nesses últimos anos já te vi com pesos diferentes, porém sempre leve e magnética, pq vc é assim… E se o Rio é um lugar de magros, no Leblon acho que isso é obrigatório, não? É a impressão que tenho!
Mas não se iluda minha cara, sendo mais, ou menos gordinha, todos sofremos de alguma forma com o preconceito e a ditadura do padrão estético global… eu por exemplo estou sempre tentando perder 5 kilos e espichar 5 centímetros, rs. Agora, aos 42, tenho tentado também perder uns 5 anos de idade e manter a experiência, rsrsrs. Enfim, esse comentário não é pra ‘passar a mão na cabeça’ da minha amiga gordinha, mas pra reafirmar minha admiração por vc. pelo seu talento e sua beleza na sua forma gostosa-plus, com as palavras do Carlucho: “há gosto pra tudo… e você é uma pessoa rara e para poucos”. Nós somos né não? Ah, vou aproveitar seu desabafo pra me libertar também. Beijos
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Engraçado que eu também, quando te vi pela primeira vez lá no palco do Baixo Gávea, comentei com os nossos amigos Zé e Paulo Thiago: “ela é sexy demais, né?”. E veja que da fruta que tu gostas eu como até o caroço! Com esse teu post avassalador retomo no entanto a consciência de que esse lado do mundo é apenas um lado, não é todo o mundo! Se o Rio fosse só maravilha, teríamos muito mais “tipos” andando desencucados pelo calçadão. Certos calçadões às vezes mais parecem a fronteira do aparthaid mesmo – e têm seus vigias indiscretíssimos (virulentos) como a gente bem sabe! É, Andréa, tão difícil quanto se aceitar depois de ter passado tantas vezes diante dos olhos desses guardiões da divisão, é saber que, enfim, esse “lado” do mundo não deixará de existir. O que torna sempre mais gostosas as alegrias que parecem nos ser constantemente negadas, não? No mais, minha cara, por favor, não se iluda: a gente sempre completa o quadro a partir de um traço, mas cada nova experiência é uma nova experiência. Não complete o quadro a partir de um velho traço que não tem nada a ver com o que o seu público vê de você: gostosa !!!
Beijos
Soraya
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aplausos múltiplos pela sua coragem nessa exposição… te amo com tudo. mil beijos!
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Você é incrível. Obrigada por ser uma dessas pessoas que usa seu talento para mudar a vida de outras.
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Fascinante, possui o talento adequado para fazer um bom livro, já pensou nisso?
Ainda mais que este assunto está em alta e é um dos grandes males da atualidade. Sim “grandes males”, não há vantagem, saúde física ou mental ou espaço social para os obesos, a ciência de ponta e a psicologia moderna admitem isto. Há alguns pogramas de tv (que na verdade querem que você se exploda) que tentam tornar comum, até mesmo com desfiles de gordinhas ou de sensualidade para este subtipo, mas na verdade eles querem apenas vender, capitalismo selvagem, pois sabem que o mercado para a oferta é grande.
Parabéns pelo seu trabalho que, acho, não deveria morrer neste blog e sei que nem sempre após ter tido tanto trabalho você lê depois o que gostaria em alguns comentários, eu entendo isto.
A beleza é efêmera, senhora absoluta de um mundo efêmero ao qual nos encontramos.
Tomo esta liberdade por ter me identificado muito com este depoimento e saber exatamento o que é cada uma dessas etapas, e digo, são reais e sem exageros.
Mais uma vez parabéns.
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Muito bom o seu texto…. me identifico demais!
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como é bom saber que alguém no mundo te entende!
obrigada pelo texto! ♥
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Sabe quando você vive um dia entre os outros, mas te parece ter achado um divisor de águas? Hoje foi assim pra mim quando li tua postagem… Menina, mau te conheço mas estou me apaixonando por tua pessoa tremendamente… (nota: não sou homo, nem bi) rsrs
P.S.: essa parte aqui vc pode editar no blog e não precisa aceitar como comentário, mas eu quero entrar em contato contigo. eugordinha@live.com, acho que podemos fazer uma boa parceria.
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as pessoas criam tantos politicamente-corretos, tantas marchas à favor de qualquer coisa, mas os gordos continuam sendo marginalizados, como se fossem doentes, disformes, aberrações, mesmo. ninguém merece ser assim. eu sempre fui a amiga gordinha também e dói, dói bastante parecer um bolinho de saia de tule, ou não poder usar shortinho ou se sentir confortável de biquini.
mas, sabe, a gente precisa quebrar isso. há como ser saudável no sobrepeso. e há, sim, como ser feliz. a gente só precisa buscar. mesmo que seja naquele pedacinho de bolo.
(eu precisava ler isso agora, que estou me sentindo meio inchada.)
beijo e fique melhor.
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Perfeitamente mostra a realidade da minha vida, parece que você entrou em minha mente e escreveu tudo o que um dia eu pensei em dizer.
Parabéns por ter bolas para isso!.
Abraço.
Fernanda Lima (/nandarjnanda)
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Andrea, preciso falar contigo. Entre em contato comigo por email. Estou online agora. eugordinha@live.com
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Nanda, acho que tem um monte de gente no mundo que tb se identificaria com essa confissão, por isso tb criei coragem, sabe? Obrigada pelo feedback, beijo pra vc
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deborah, eu tb acho que tem cuidar da saúde, da alimentação, fazer esportes. Ficar bem, assim como todo mundo deve ficar bem, né? rs beijao
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Olá, eugordinha, que bom que vc gostou do blog! Estou espantanda com tts comentários de leitores novos! Não sou de carregar bandeira de nada, não faço parte de grupo nenhum, nem nunca falei nesse assunto, só resolvi fazer esse desabafo, que demorei a publicar pq nao sabia se era exposição demais. E achei incrível que pessoas como vc tenham aparecido. Sempre escrevo pra um público cativo e restrito e não imaginava cair na rede assim! muito engraçado isso! De que tipo de parceria vc fala? um beijo pra vc
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raquel, muito mais gente do que a gente imagina entende isso… mas é difícil falar nisso, né? Como se falar deixasse a gordura ainda mais evidente do que ela é… beijao
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obrigada, patrícia, volte sempre!
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Quero que você me ajude na escrita do meu livro, sobre esse tema que você abordou. Gostei do teu estilo de escrita, andei lendo outros textos teus e acho que seria muito ÚTIL pra outras meninas que temos espalhadas pelo mundo e que sofrem sem resistência. Você já tem conseguido superar algo, quando expõe o que te fez sofrer. Quero a sua ajuda no texto que estou escrevendo… como quem toca piano à quatro mãos. Aceita o desafio? rsrs.
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Oi, Cah, estou apenas compartilhando um sentimento que sei que acompanha muita gente e que eu tb preciso administrar. qdo a gente fala, a gente tb ouve, né? beijo pra vc
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Antonio, obrigada pela força! Publicar é um desejo que vai se concretizar, tenho certeza que é uma questão de tempo e de encontrar as parcerias certas. Estou sempre de olho, trocando idéias, conversando. Uma hora dessas, rola!
Acho que essa onda de modelo plus size veio atender à demanda de um nicho de mercado, em crescimento, ignorado pela indústria da moda, que focava nos modelos micro size como padrão e meta. Com a onda do politicamente correto, e com o aumento da população XXX size, ficou impossível fechar os olhos para essa grande minoria. Mas como vc mesmo diz, não há mérito inclusivo nisso. É a lei do mercado: fabricar para vender, divulgar para vender, mesmo que para isso seja necessário inventar moda.
Pode ser que com o tempo as pessoas comecem a aceitar que os gordos podem ser saudáveis, se cuidarem da saúde, e podem ser bonitos para uns e feios para outros, assim como todo mundo, assim como os magros. Eu já vi gente dizendo que acha a Gisele Bündchen feia! Mas eu falo da minha “diferença” (supondo-se que o padrão seja o magro) pensando em tantas, doloridas, diferenças excludentes. Revejo meus preconceitos a toda hora pra não incorrer no mesmo erro. Não defendo nenhuma bandeira, mas sinto na pele qdo qq pessoa é discriminada, pq sabemos como é bom ser simplesmente o que se é. Como diz uma amiga: “gordo não é antônimo de bonito”
beijo pra vc
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leo, vou te responder por email, ok?
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caramba! 366 acessos neste post! de onde veio todo mundo?
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Uau! (não me arriscaria a dizer mais que isso…)
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Que retorno hein Déa?
Muito bom.
Beijão.
0.2
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marilia, me arrisquei tt, pq vc nao se arrisca? 😉
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carlucho! viu isso, que coisa?
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Posso dizer que é um dos posts mais sensíveis que já li na vida. Sei muito bem o que é sofrer e ser criticado por mim mesmo, sofrer por dentro, e fingir que tudo está bem.
Muito lindo e profundo.
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pablo, obrigada pelo retorno. um post como esse, tão íntimo, serve pra gente lavar os porões e seguir em frente. É bom saber que outras pessoas tb sentem parecido. Mas mata uma curiosidade minha? Como vc veio parar aqui? bj
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tchuca,
já li e reli este mágnifico texto ,algumas vezes…
e chego mais uma vez a conclusão ,que
há o belo e existe o …bonito.
o que é belo tem fim,o que é bonito é como
o amanhecer,dura a nossa vida toda e “embeleza” o planeta…
eu te amo.
vc é a “minha” mais bonita!
tua Lulu!
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lulu, ❤
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sô, “não complete o quadro a partir de um velho traço” é tudo! sua observação é aguda, precisa, é isso aí! beijo carinhoso
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marfiza, eu sei que todo mundo tem seu calcanhar de aquiles, na altura, na cor, no peso, no bolso… eu mesma já tinha esboçado essa idéia nesse post mas o melhor foi vc querer perder uns 5 anos.. no meio de tanta densidade, vc me fez rir! Fique como está, com 42 anos, menos 5 cm e mais 5 kg. e c as palavras lindas que vc escreve, né? tá óóóótema!
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maray, tem um livro ótimo, da Marcia goldberg, chamado Coroas, em que ela fala que, as mulheres brasileiras consideram perder a gostosura a maior tristeza que a idade traz. Ser gostosa é um salvo conduto pra nós. Sendo assim, depois de ler seu comentário carinhoso e tb confessional, vou colocar um salto alto e sair por aí, me achando 😉
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alziro, vamos combinar que em londres isso é muito mais fácil! até em são paulo é mais fácil. Qdo eu vou a São Paulo, me sinto gente. No Nordeste eu sou miss! Agora, pra mim mesma, no meu própriio país, tb serei, tá?
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Lágrimas descem copiosamente pelo meu rosto. É e-x-a-t-a-m-e-n-t-e como você descreve. E não é verdade que tem quem goste de mulher gorda. Pode até acontecer, rarissimamente, de acontecer o amor por uma gorda, e aí o outro tenta abstrair, ou se conforma, sei lá. Mas ele não pode evitar de, vez por outra, ou “de vez em sempre”, sentir desgosto por amar uma criatura obesa. Um homem gordo, sim, esse pode ser amado com entrega e sem vergonha, porque mulheres são auditivas (então basta ele saber dizer…), mas homens são visuais… Entretanto, querida, ficam aqui meus efusivos parabéns: não só pelo seu texto rechonchudo (desculpe…) de talento e percepção da realidade, quanto pela fortaleza espiritual que mora em você! Orgulhe-se: você é uma joia… Mas, prepare-se: muito poucos têm cacife pra valorizar isto! Torço pra que um deles se apresente. =)
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fatima, obrigada pelas palavras carinhosas e pela sua emoção. A esta altura, estou muito mais preocupada em me valorizar do que em ser valorizada. E acho que isso é o caminho para as gordinhas e para as magrinhas, tb 😉 beijo pra vc e vamos nessa!
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Como ensinar as crianças, para uma sociedade sem preconceitos?
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beá, se elas virem uma sociedade que se esforça por aceitar as diferenças, ela tb aceitarão, imagino…
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Que texto foda Dedeia! Parabéns pela coragem. Me emocionei…
A gente é amiga a qto tempo? Não sei bem… Mas sempre te achei luminosa. E vejo sua luz aumentando a cada dia, sempre!!
Me orgulho de ser sua amiga!!! Te amo Dedeia!
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manu, minha amiga querida, tb te amo muito e adoro ser sua amiga, ter seu olhar inteligente sobre mim e a minha vida. vamos para a luz!
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Acredite, cara Andrea, isso acontece com os magros tbm.
Baci, Sofia
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Sofia, acredito! Acontece tb com brancos, pretos, altos, baixos, heteros e gays. Acontece sempre! A diferença provoca… beijao, bem vinda
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AMei AMEI.AMEI.AMEI
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andré, querido, seja bem vindo. com todo o direito de ir e de vir, como der e vier 😉
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Aos meus olhos, voce é uma das mais sexies, das mais leves, encantadoras, lindas e harmoniosas das mulheres. Todos temos uma Elfaba escondida; umas mais verdes que outras, claro, mas todos temos nossas caracteristicas, nossos traços geneticos ou psicologicos que sejam. Mas sim, que bom que somos diferentes, variados, plurais. Seria insuportavel viver num mundo pendurado nas alcinhas das gostosas longilineas.
Entendo, por analogia, sua “verdice.” Acho o maximo voce dar voz a isso, criando um espelho pros seus leitores dessa forma. Acho voce linda e foda. E quem nao come verduras que se foda. 😉 Love you.
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joão, que lindo tudo o que vc disse. te amo, beijo de bruxa malvada do oeste.
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